Qual a relação do esquadrão de 70 e as lendas Arturianas?

Qual a relação do esquadrão de 70 e as lendas Arturianas?

Vem comigo que eu te mostro.

Talvez você já tenha escutado sobre a lendária seleção de 70, mas talvez surja a dúvida do motivo dela ser lendária, essa constelação reuniu não 1, ou 2, ou 3 camisas “10”, o time contava com cinco jogadores que eram O DEZ em seus times. Eram eles: Gerson no São Paulo, Rivelino no Corinthians, Jairzinho no Botafogo, Tostão no Cruzeiro e Pelé do Santos (que ficou com a 10 durante a copa do México).

Um leitor atento vai dizer “não tem como jogar com cinco jogadores fazendo a mesma função”, sim, claro, todos tiveram que se adaptar pra jogarem no mesmo time, todos se sacrificaram um pouquinho pra orquestra funcionar sob a batuta do Rei. A seleção bateu os três adversários na fase de grupos: Tchecoslováquia, Inglaterra (jogo que o Gordon Banks opera o milagre, famosa “maior defesa da história das copas” na cabeçada do Pelé, talvez Dibu Martinez tenha superado ontem, deixo pra OUTRA conversa) e Romênia.

Na fase mata-mata superamos Peru nas quartas por 4-2, Uruguai por 3-1 e na super final despachamos a Itália por um retumbante 4-1 com aquele gol esplêndido do Carlos A. Torres, que você com certeza já assistiu mais de 20 vezes, beleza, mas o que isso tem a ver com as lendas Arturianas?

Por causa dessa atuação de gala da seleção canarinho, um pai teve uma grande ideia ao batizar seu filho, quando decidiu homenagear SEIS JOGADORES daquele time. Os homenageados eram TOStão, PElé, RIvelino, CARlos Alberto, GERson e JAirzinho. O resultado foi o nome do filho do senhor Oder Nunes Torres, uma obra de arte da literatura brasileira: Tospericagerja Da Silva Torres.

Ok, ok, tudo isso foi interessante, ainda estamos em um espírito de Copa, mas qual a relação disso com o Arthur?

Cornwell ao fazer sua pesquisa histórica para construir o seu romance As crônicas de Arthur, ele argumenta o seguinte “Não é surpreendente que o período arturiano da história da Grã-Bretanha seja conheço como a Idade das Trevas, porque não sabemos praticamente nada sobre os acontecimentos e as personalidades daqueles anos. Nem podemos ter certeza da existência de Artur, ainda que, pensando bem, pareça provável que um grande herói britânico chamado Arthur (ou Artur ou Artorius) tenha contido os invasores saxões em alguma época nos primeiros anos do séc VI d.c.”

E pra confirmar essa tese, ele usa o argumento que apelidaremos aqui de “fator Tospericagerja”. Sem televisão e rádios para registrar a maior seleção de todos os tempos, poderíamos recorrer a esse nome pra provar a sua existência desse time e Cornwell se baseia em um argumento semelhante pra afirmar “Mas há algumas evidências antigas em favor de Artur. Por volta de meados séc VI, quando Gildas estava escrevendo sua história, os relatos remanescentes mostram um número surpreendente e ATÍPICO (destaque meu) de homens chamados Artur, o que sugere uma moda súbita de dar nome aos filhos a partir de um homem famoso e poderoso”

E qual o propósito de toda essa informação meio espalhafatosa e confusa, meu caro?
Te convidar a fazer parte do nosso grupo de leitura “As crônicas de Artur – Bernard Cornwell” do Contemporama. Iniciaremos na primeira semana de Janeiro de 23 e te garanto que a leitura será uma jornada divertida e emocionante, muito mais que essa thread esquisita.

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